sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Uma Verdade Muito Inconveniente: Ellen G White



Muito se fala sobre esta personagem do século XIX e início do século XX, fundadora do adventismo. 

Considerada profeta ou no mínimo, 'escritora cristã' por alguns, plagiária para outros - esta não é uma questão pacífica. Eis alguns motivos:

1. Trata-se uma questão de fé borrifada com doses de institucionalismo (proselitismo religioso em alguns casos) - como o próprio conceito de "Remanescente Fiel" renovado pelo movimento adventista-millerita.
2. Considerando o item anterior - é impossível separar o adventismo, a teologia adventista e toda a sua doutrina da personagem Ellen G.White. 
3. Em que pese a liberdade Cristã, não é permitido de forma alguma, para o membro adventista, discutir abertamente acerca da possibilidade  da não-manifestação do dom ou 'espírito de profecia' (como preferem) na pessoa de Ellen G.White.
4. Este assunto pode causar exclusão (praticamente sumária) do membro que ousar abordá-lo publicamente. É preferível declarar-se ateu ou agnóstico do que negá-la. Haverá menos esperança 'de salvação' pra você neste último caso.
5. A falta de conhecimento e a superficialidade com que se costuma abordar o assunto.
6. Pressão social (inclusive familiar).
7. Medo.
8. A maioria de nós não possui idade suficiente para tê-la conhecido.
9. Poucas pessoas já leram suas principais obras de capa a capa.
10. Quase ninguém ousou comparar seus escritos com os de outros autores... (hoje isto é facilitado pela tecnologia)

Para isto foi que abordamos o tema. 

Não buscamos respostas rápidas, superficiais e/ou posicionamentos apressados. 

A missão consiste em apresentar-lhe o tema - covardemente ocultado e proibido, o que por si já levanta questionamentos. Tua responsabilidade é estudá-lo de forma imparcial - para isto te presenteamos com os seguintes livros (todos estão disponíveis para download):


1 - CRISTIANISMO PAGÃO (Frank Viola) - Entenda as origens de muitas de nossas 'atitudes' e 'pensamentos' cristãos através desta obra - muito embasada e rica em referências e notas de rodapé. Após a leitura, você será capaz de sorrir diante de muitos 'debates e questões religiosas' como música, liturgia, "obrigações cristãs" e muitos outros assuntos (verá, por exemplo, que o movimento da Reforma, ou qualquer outro de lá para cá, NUNCA rompeu de fato com o paganismo. Este livro faz-nos refletir sobre o cristianismo bíblico. Sugerimos que seja o primeiro livro a ser lido, por ser basilar.



2 - "THE WHITE LIE" (Walter T.Rea) - Leia após "Cristianismo Pagão". Este é o livro-bomba para o adventismo. É um livro raro - e está completo. Descubra se você deverá continuar sendo adventista após sua leitura. Garantimos que não é nenhum 'livro do diabo" - muito pelo contrário, este poderá ser a voz de Deus para você. Sugerimos que, conforme for se informando, evite comentá-lo com pessoas que não estejam realmente em busca da verdade para suas vidas (pessoas abertas ao verdadeiro debate doutrinário). Você poderá perceber que a maioria das pessoas - incluindo teus familiares e melhores amigos adventistas - não estará realmente disposta a romper com certas crenças instituídas, mesmo diante da verdade. Não nos responsabilizamos pelo mau uso que você possa fazer deste livro. O propósito de qualquer cristão deve ser o de iluminar o próximo - este é o nosso objetivo (perceba as advertências). Afinal, descubra como era de fato Ellen G.White, sem romances. Submeta o livro à Bíblia, à tua consciência e ao debate consciente. Advertimos pela última vez: você poderá odiá-la. 

Eu mesmo chequei algumas fontes bibliográficas citadas - e para desespero institucional, os fatos aparentemente procedem.


Ficamos abertos a questionamentos/opiniões, pois é assim que o ser-humano evolui (diálogo). Pedimos apenas que, antes de emitir seu parecer, examine as obras acima com seriedade.

Grande Abraço

Deus abençoe tua vida em todos os aspectos.

Desconstrução - Fábio Amorim de Oliveira


Não quero reformar nada! Não quero reformar ninguém! Apenas quero desconstruir minha religião e dar-me a oportunidade de começar novamente. Do zero! Quero aprender a orar porque suspeito que nunca aprendi em todos esses anos de eloquentes orações entonadas no conjunto de súplicas adornadas de lindos verbos.

Tenho a ligeira impressão de que todas as vezes em que falei em línguas na roda de oração para fazer notório o meu nível espiritual, não me valeram de edificação alguma. E que minhas devocionais carregadas de desânimo e obrigação para com a minha "consagração" no ministério de louvor não resultaram em nenhuma intimidade com Deus!

Quero desfazer de tudo que sei, ou que penso saber, e de tudo que não sei, e penso não saber, para aprender paulatinamente através de uma busca sincera, paciente, desobrigada, verdadeiramente motivada e autêntica, tudo quanto preciso, quanto quero e quanto me é essencial na jornada da fé. Quero despojar-me dos manuais religiosos, das doutrinas inquestionáveis, das tradições incoerentes e da estupidez e falácia da religião.

Quero duvidar de tudo e de todos, porque minha alma contorce pela verdade e tem sede de justiça. Quero abrir os meus olhos e enfrentar o ardor da luz cortante da revelação. Quero ficar cego por um tempo em virtude do impacto que a luz da verdade traz. Ficar cego para o enlatado evangélico, cego para o cauterizado cristianismo institucional. Quero ficar cego para as fórmulas instantâneas da fé, da sua comercialização e do abuso espiritual. Quero recobrar a visão aos poucos. Enxergar com sanidade a vida, as pessoas, a família, os amigos, o futuro, o presente e o passado. Quero aprender a enxergar tudo que enxergava errado. Usar minha visão pela primeira vez!

Quero me desviar dos caminhos da "i"greja que não segue o Caminho de Cristo. E andar na contra-mão desse sistema religioso elaborado sobre outro fundamento que não Jesus, a Rocha Viva. Quero tirar a capa que me identifica como "cristão" com o emblema da cruz para vestir-me de amor pelo próximo e por esse amor ser conhecido como discípulo de Cristo. E carregar não o emblema da cruz, antes, tomá-la dia após dia em meus ombros e renunciar à volúpia e morrer para o pecado.

Quero fugir dos grandes eventos de milagres e shows da fé, patrocinados por sórdida ganância e puro estrelismo. E me juntar aos homens de Deus presenteados com o dom da cura que trocam o palco pelo corredor dos hospitais. Que ao invés de pedirem que vão a eles, se disponhem a IR aos que necessitam.

Cansei de viver sob maldição financeira! E, agora, não gasto meu dinheiro patrocinando esse sistema putréfulo de escravizar a fé dos pequeninos. Não quero participar de tal infâmia! Que o pouco que tenho sirva não ao luxo dos templos e de seus donos, mas, aos que realmente necessitam da minha fidelidade financeira resultante da confiança no Jeová Jiré. E não da ameaça pastoral de maldição da pobreza versus prosperidade.

Quero ser livre para pecar! E da mesma maneira não pecar por entender que não me convém. Mas, se o desejo do pecado ronda a minha mente e não peco por causa da pressão de ter que me consagrar no ministério da "i"greja, que pobre que sou. Porque ainda não seria livre do pecado, mesmo não o praticando... Quero aprender a conduzir meu estilo de vida como resposta de gratidão à aceitação e perdão de Cristo, não como regras e proibições eclesiásticas que não tem efeito nenhum contra o pecado.

Estou desconstruindo a minha fé míope e doente para cultivá-la de forma autêntica, sincera, humana e verdadeira. Estou disposto a arriscar minhas crenças pelo conhecimento da verdade eterna, de modo, que mesmo vendo-a como em espelho, possa um dia conhecê-la completa assim como sou conhecido. Se para encontrar o Deus que está estampado no caráter de Cristo, me tornar necessário descrer do Deus pregado, e tornar-me ateu, que assim seja. E que possa, conhecê-Lo de forma pura, única, pessoal e intransferível.

Quero derrubar meus pilares espirituais porque não sei de onde vieram. Estavam lá no discurso e na retórica que pseudonimamente aceitei como sendo Jesus Cristo. Agora, nego a cartilha que reza, nego a teologia pronta que engoli e dou-me a oportunidade de aceitar, de fato, Cristo meu Senhor e Salvador, pura e simplesmente.

Se fosse possível voltar ao ventre de minha mãe e carregar em meus genes a luz que agora vejo, para que ao nascer, soubesse desviar dos caminhos que para o homem parecem bons, poderia começar de novo sem incongruências e inverdades ludibriosas.

Talvez, só agora tenha entendido o que significa "nascer de novo"...